Governo da China liberou exportação de cerca de 5,6 mil litros de matéria-prima que devem chegar até o dia 10 de fevereiro, segundo governador de São Paulo. Outro lote com 5,4 mil litros de insumos tem previsão de chegada em Campinas nesta quarta-feira.
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Governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), concede entrevista coletiva na sede do Palácio dos Bandeirantes, na zona sul da capital paulista, nesta segunda-feira, 01 de janeiro de 2021, para detalhar medidas contra a pandemia de coronavírus — Foto: MISTER SHADOW/ASI/ESTADÃO CONTEÚDO
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou nesta segunda-feira (1) que o governo da China liberou a exportação de mais 5,6 mil litros de insumos para a produção da vacina CoronaVac. A matéria-prima, que deve ser entregue até dia 10 de fevereiro, é suficiente para produzir 8,7 milhões de doses do imunizante, de acordo com o governador.
O governo de São Paulo também aguarda a chegada de outros 5,4 mil litros de insumos na noite de quarta-feira (3). Segundo a gestão estadual, a chegada do lote está prevista para as 23h30, no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. O Instituto Butantan disse que, com essa matéria-prima, produzirá, em 20 dias, cerca de 8,6 milhões de doses do imunizante.
A CoronaVac é uma vacina contra Covid-19 feita com o vírus inativado e desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Butantan.
Veja o cronograma do governo de São Paulo para a CoronaVac:
- Chegada de 5,4 mil litros de matéria-prima nesta quarta (3), suficientes para envasar 8,6 milhões de doses.
- Envio de 5,6 mil litros de insumos, para envasar 8,7 milhões de doses, até 10 de fevereiro.
- Previsão de envasar 600 mil doses por dia, a partir de 25 de fevereiro, até atingir total de 17,3 milhões de doses envasadas, em março.
- Pedido adicional de outros 8 mil litros de insumos em negociação.
- Objetivo é receber lotes suficientes para, até abril, envasar 40 milhões de doses. Ao todo, são 46 milhões de doses contratadas pelo governo federal, mas 6 milhões foram entregues prontas pela China na primeira remessa.

Instituto Butantan recebe insumos para fabricar Coronavac na próxima quarta
Segundo o diretor do Butantan, Dimas Covas, a chegada dos dois lotes de matéria-prima vai permitir que o instituto envase cerca de 600 mil doses por dia a partir de 25 de fevereiro.
“Na quarta-feira teremos a chegada dos 5,4 mil litros. Chegarão em Viracopos e permitirão a produção de 8,6 milhões de doses. que começarão a ser distribuídas ao ministério a partir do dia 25 de fevereiro. Essa notícia se complementa com a autorização, na manhã de hoje, para o embarque de mais 5,6 mil litros que deverão chegar na próxima semana, e também darão origem a 8,7 milhões de doses. Isso nos permite prover, a partir do dia 25 de fevereiro, liberando em torno de 600 mil doses por dia até atingir o total de 17,3 milhões de doses em março”, disse Dimas Covas.
Ainda segundo o diretor do Butantan, um pedido adicional de outros 8 mil litros de insumos está em negociação.
“É importante mencionar que temos um pedido adicional em andamento de 8 mil litros de matéria prima, além do que foi autorizado hoje. A produção com esse quantitativo de matéria prima prosseguirá muito rapidamente até a integralização de 46 milhões”, calculou o diretor.
Previsão de doses

Butantan deve receber 5,4 mil litros de insumo da Coronavac na quarta-feira (3)
A expectativa do Instituto Butantan é a de receber, até abril, insumos para produção das 40 milhões de doses contratadas.
O acordo feito entre o Instituto e o laboratório chinês Sinovac prevê o recebimento total de 46 milhões de doses. Desse montante, 6 milhões foram importadas prontas da China e já foram distribuídas para todo o país.
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Vacinação contra a Covid-19 em Macapá, com dose da CoronaVac — Foto: Prefeitura de Macapá/Divulgação
Nos próximos dias, o governo federal deve firmar um novo contrato com o Instituto Butantan para compra de um lote adicional de 54 milhões de doses da CoronaVac.
Em coletiva de imprensa na última sexta (29), o diretor do Instituto Dimas Covas, confirmou ter recebido manifestação de interesse do Ministério da Saúde, e revelou que o acordo seria assinado nesta terça (2).
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Funcionário do Instituto Butantan inspeciona frascos com doses da vacina CoronaVac em SP — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
A sinalização do governo federal ocorreu após o Instituto ameaçar negociar as doses com estados e municípios brasileiros, além de exportar a países interessados no imunizante, caso o acordo com o Ministério da Saúde não fosse concluído.
Nesta segunda-feira, Dimas Covas voltou a falar do acordo para mais 54 milhões de doses. Segundo o cientista, a programação prevê entregar 100 milhões de doses da CoronaVac para o governo federal até julho ou agosto deste ano.
“Na sequência, vamos tratar dos 54 milhões que devemos já ter um cronograma nessa semana, assim que consigamos assinar o contrato do Ministério da Saúde. Isso vai nos permitir chegar ao total de 100 milhões de doses, e a nossa programação é que possamos entregar essas doses até julho/agosto deste ano”, disse.
Doses da CoronaVac
A CoronaVac é uma vacina contra Covid-19 baseada em vírus inativado e desenvolvida pela Sinovac em parceria com o Butantan.
Parte das doses foi entregue pela Sinovac já pronta para uso, enquanto outra parte é formulada pelo instituto em São Paulo.
O Instituto Butantan necessita dos insumos para retomar o processo de envase da CoronaVac em São Paulo.
No dia 17 de janeiro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial dos 6 milhões de doses importadas prontas da China.
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Linha de produção da CoronaVac, no Instituto Butantan, em SP — Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Um cronograma firmado entre o Instituto Butantan e o Ministério da Saúde prevê a entrega de 8,7 milhões de doses da vacina até 31 de janeiro. Desse total, 6 milhões foram entregues ao longo das últimas semanas.
No dia 18, o Butantan fez um pedido de uso emergencial para 4,8 milhões de doses da CoronaVac envasadas no instituto, que foi aprovado.
No entanto, de acordo com o Butantan, após processo de envase e conferência do lote, o total de doses envasadas foi de 4,1 milhões de doses. Desses 4,1 milhões de doses, 900 mil foram liberadas no dia 22 de janeiro.